Decidi escrever sobre este tema depois de umas brincadeiras noutro blog.
Aqueles que me conhecem verdadeiramente, sabem que sou o menos preconceituoso possível. Por muito que tente me libertar do preconceito, cresci num mundo onde este abunda. É difícil mandar tudo o que já pensei, ouvi, vivi para o lixo. Mas tento um pouco todos os dias.
Neste caso específico, sempre fui a favor da poligamia. Tenho consciência das minhas próprias limitações neste campo que se prendem essecialmente com um sentimento institivo e animal de posse. Posse da manada. Sobrevivência da espécie.
Despejando todas as ideias preconcebidas socialmente, é isso que nos resta: posse!
Será possível neste mundo de mais de 2 biliões de pessoas haver poligamia? Se vemos pessoas matarem-se todos os dias por acessos de "paixão", poderemos nós atirar mais achas para a fogueira?
Também poderemos justificar essas mortes com a monogomia...
Acompanhem-me no meu raciocínio antes de me atirarem para a fogueira!
Uma mulher gosta de um homem (géneros iguais ou diferentes, tanto faz!) e namora/casa com ele. Após algum tempo (dias, semanas, anos - irrelevante) descobre uma outra pessoa de quem também gosta. Acabará a sua relação feliz com o actual para encetar uma com o novo? Arriscará o desenlace desconhecido? Poderá "experimentar" a nova relação sem terminar a antiga? O que é justo? Ficar preso a uma relação antiga por motivos temporais? Isto é, se conhecesse o novo antes do antigo teria ficado com ele? Ou deveria ter esperado pelo antigo não fossem as coisas com o novo não serem tão boas como com o antigo?
Deverá desistir da felicidade com o novo porque já se comprometeu com o antigo?
Se é feliz com o antigo, poderá ser ainda mais feliz com o novo?
Se é feliz com o antigo e será feliz com o novo, poderá ser mais feliz ainda com os dois?
Impedimentos...
Olé Nuno:
ResponderEliminarNão tenho muito tempo....mas só me ocorre uma pergunta..."machismo" não é preconceito??
Volto mais tarde...:P
Raquel,
ResponderEliminarTive o cuidado de usar o exemplo de uma mulher com dúvidas em relação a mais que um homem precisamente para evitar a associação a esse preconceito.
Não quero desvirtuar a minha discussão.
Deixe cair as suas defesas quando analisar este tópico e analise sem pensar nas consequências directas para si e para a sua vida.
Quando chegarmos ao âmago da questão, que é simples, poderemos então começar a adicionar pormenores sociais (preconceitos!) e decidir se há capacidade da sociedade para ultrapassar as barreiras.
Poderemos até nem chegar a essa necessidade, admitindo que o ser humano é por natureza monogâmico. Embora, para mim, as evidências do contrário entram-me diariamente pelos olhos a dentro...
Nuno:
ResponderEliminarmachismo é preconceito!
mas ha uma coisa de certa forma antagónica em si...se é machista(como ja referiu), como permite , ou aceita a poligamia feminina?!
Raquel,
ResponderEliminarDepois de tudo o que já leu ainda acha que sou machista?
Devo relembrá-la do meu espírito provocador?
Até poderia admitir um pouco de machismo mas seria puramente do ponto de vista de preguiça no que toca à lide caseira. É um conflito de interesses que tenho entre o meu conforto pessoal e as minhas ideias... haha
Uma resposta à Nuno Oliveira!
ResponderEliminar;)
O dito preconceito não me deixa dar-lhe a minha opinião qto à poligamia publicamente!!!
eheheh
(afinal gostou de ler o Viagra?)
Além disso, Raquel, quem lhe disse a si que aceito a poigamia feminina? Ou que aceito a poligamia?
ResponderEliminarIsso já é uma dedução sua. Admitindo que as minhas palavras possam apontar nesse sentido, neste momento interessa-me a discussão do ser humano como poligâmico: é ou não é?
E se é porque é que a sociedade em que vivemos não quer assumi-lo?
Tem de despir-se de preconceitos para conseguir discutir qualquer tema referente à sociedade. Se não fica presa a conceitos de outros e impede a sua própria evolução. E friso que não tem de concordar comigo.
ResponderEliminarE teme quem? O seu marido? Os seus pais? Os seus amigos? O seu pároco? :p
Como disse...depreendi das suas palavras, daí a minha afirmação, mas a verdade é que a nossa cultura que não aceita , nem permite a poligamia, efectivamente a paratica!!
ResponderEliminarMas agora pergunto:
Será que assim, ilicitamnete, não é melhor?!
O fruto proibido...
;)
Não tenho ainda opinião sobre o Viagra (leia-se ambos - o medicamento e o blog).
ResponderEliminarTenho que ler mais mas já publiquei uma resposta culpabilizando-a de encontrar esse blog.. hehe
É claro que é do meu paroco!!
ResponderEliminareheheh
Eu li o seu comentario em que me culpa, não me importo é um bom caminho;)
É muito simples despir-me de preconceitos, é como despir a roupa que trago vestida,não tenho dificuldades....apenas não o faço publicamente....;)
;)
Ainda não está a discutir o tema... mas já é um começo.
ResponderEliminarAnalise as vontades e quereres das pessoas que conhece e dê uma opinião. Concordar com uma situação não quer dizer que se pratique.
Mas dá-se um passo em frente na obtenção das nossas verdades. E falar sobre estes temas melindrosos pode ser uma forma de nos conhecermos melhor. E saber o que realmente queremos da vida e até que ponto estamos dispostos a sacrificar certas coisas em prole de outras...
Para mim despir-me de preconceitos é cada vez mais fácil por o praticar há muito. Mas continua difícil. Mais facilmente me dispo em público... hehe
ResponderEliminarDou-lhe um exemplo sobre um tema muito na moda:
Sou a favor da aceitação da homossexualidade. O conceito não me causa o mínimo pudor. Mas continua a fazer-me uma certa confusão ver 2 homens a beijarem-se. Considero, portanto, que ainda não me libertei por completo desse preconceito. E no entanto sou defensor acérrimo da liberdade de expressão sexual.
Carpe diem...
falando ainda de poligamia ,
ResponderEliminarse esta já foi regra nos grupos humanos durante a história, pergunto:
Estamos a evoluir? ;)
Qto a despir em publico, como sabe, há quem ganhe a vida dessa forma, sem qualquer preconceito..eheheh
Não é o seu caso, pois não? :D
respeito o "amor" entre duas pessoas do mesmo sexo, até pq sou apologista da expressão "nunca digas nunca", mas confesso que dois homens beijarem-se repugna-me e muito ....e agora?!
"Estamos a evoluir?"
ResponderEliminarToda a história humana é feita de avanços e retrocessos.
Um exemplo bem recente será o da nudez no cinema. Nos anos 20 era vista nos EUA com muito menos pudor que é vista hoje em dia. Evolução? Depende do ponto de vista e já calcula o meu.
Nos dias que correm há uma tentativa de diminuir o pudor ao mesmo tempo que se mantém uma defesa das mentes mais novas e impressionáveis.
Há que arranjar um equilíbrio entre as partes que permita a evolução (como eu a vejo). Um pouco de cada vez no sentido de acabar com os preconceitos e encontrar a sociedade perfeita. Uma utopia. Inalcansável? Mas nada nos impede de ir caminhando nesse sentido.
"Não é o seu caso, pois não?"
Neste momento atravesso mais a fase do ter que pagar para alguém me ver do que me pagarem... hehe
Mas se perder esta barriguinha poderei pensar no assunto... haha
"....e agora?!"
Agora trilhe o seu caminho. Se é um problema para si vá a um bar gay. Vá até se habituar e já não se repugnar...
Ou então deixe que aconteça com naturalidade. Prefiro esta 2ª opção, pessoalmente.
E quanto ao "nunca digas nunca" eu digo nunca nesse caso! Tenho medo que o meu pai me deserde! Haha
Adenda: Lembra-se do que escrevi no seu blog? Se fosse mulher era lésbica!
ResponderEliminareheheheh
ResponderEliminarNada como a sua boa disposição num Domingo frio e cinzento...
(eu li o que escreveu e lembro-me e respondo eu seria gay..eheheh)
Mas....nunca diga nunca!
Vá ja perder essa berriga:)
Não é nada "sexy" um homem barrigudo..eheeh
Bom, Nuno, com grande tristeza minha, vou ter que voltar à minha velha máxima "a poligamia democrática não pode existir", pelo simples motivo que tu tão bem focaste: a posse! Se tivessemos sido educados de uma outra forma... talvez! Mas numa sociedade onde "o que é meu, é meu" impera, é muito complicado deitar abaixo esse tipo de barreiras psico-sociológicas.
ResponderEliminarE depois temos sempre que pôr todas as hipóteses (e falemos só em termos heterosexuais, para simplificar): ele e ela conhecem-se e juntam-se; mais tarde aparece uma segunda "ela" e é introduzida no grupo, até aí tudo bem. Mas e se de repente aparecer um segundo "ele"? Junta-se também e com a mesma facilidade? E se, por hipótese, a segunda "ela" encontrar, por sua vez, um outro "ele" e quiser também juntá-lo ao grupo? Passamos de uma imagem idilica, para a maior parte os homens (um "ele" com várias "elas"), para uma grande confusão, onde já há mais homens que mulheres (dificil, eu sei, mas não impossível)!
Agora eu pergunto: o primeiro "ele" ia aceitar isto de bom grado? Talvez... quem sabe. Na nossa sociedade: não!
Eu posso concordar (e concordo) com a busca do prazer, mas continuo a gostar de imaginar que possuo e que o que "é meu", não anda por aí a girar.... mesmo que ande! E quando digo "eu", refiro-me à sociedade em geral!
Nisso tenho que concordar com a Raquel: ilicitamente acaba por ser melhor.
Tivessem os hippies vingado e imposto os seus ideais e estaríamos hoje todos livres destes preconceitos!!! ;o)