Luz ao fundo do túnel!

domingo, 31 de janeiro de 2010

Igualdade & Paridade

Nunca pretendi ser politicamente correcto.

Pretendo ser controverso. Não pela pretensão em si mas pela provocação do pensamento. Um bem que escasseia. Não porque não haja muitas pessoas com esse dom. Mas porque há poucas a utilizarem-no. É como se trabalhássemos uma vida inteira para obter algo e depois de o termos, ganha pó...

Assim defino a "evolução" da nossa sociedade. O pensamento social e politicamente correcto sobrepõe a realidade.

Somos todos iguais. Mentira! Somos todos diferentes. Cada um tem os seus desejos e quereres.

Se fizermos a comparação entre homens e mulheres as diferenças sobressaem. E não falo do aspecto físico e orgãos sexuais. Falo do comportamento. Todo o complexo corpo humano com as suas diferenças de produção hormonal até ao cérebro que funciona de forma diferente. Está estudado. Demonstrado. Haverá muito por descobrir ainda, mas o que se sabe já chega para a minha opinião.

As mulhere que me perdoem mas acho que lutam por uma igualdade estúpida. Não porque não tem os mesmos direitos a serem reconhecidas nas suas competências. Simplesmente não são iguais.

A brilhante fórmula que se encontrou para "tornar tudo igual" é a paridade. Nos lugares de chefia, de decisão. No parlamento. Na idiotice.

Qualquer dia teremos dois presidentes e dois primeiro ministros. Um de cada sexo. Depois multiplicaremos isso por todas as raças. Já agora colocaremos um casal de cada espécie animal (excepto moscas que já há demais). Depois colocaremos as árvores e plantas. Os calhaus não são precisos pois já fazem companhia às moscas.

A minha ironia pretende apenas demonstrar a estupidez deste "avanço civilizacional".

Nunca ninguém me viu escolher ninguém para qualquer função baseado no físico. Sempre tentei escolher com base na competência individual. Poderia ter preterido mulheres pelas razões do costume. Gravidez, apoio à família, etc.. Mas não o fiz. Nunca fui prejudicado. Só por algumas más escolhas (de personalidade e mentalidade).

Quando se tenta impor uma quota à força provocamos um desiquilíbrio. De competência. As escolhas deveriam ser cegas no que toca ao género. Não são. Existe uma mentalidade retrógada neste país. Combata-se a mentalidade idiota. Não adianta forçá-la. Não se educa batendo até à morte.

Isto leva-nos à forma como se combatem os abusos. Ineficientemente. É mais fácil legislar para obrigar-nos a seleccionar a mediocridade em favor de uma igualdade. Mas não muda o essencial. Faz-me lembrar a taxa mais estúpida que foi criada neste país (talvez não seja a mais estúpida mas é quanto baste) - a taxa de audiovisuais. É completamente cega. Quem se limitar a ouvir rádio e ver TV não paga a taxa. O consumo não ultrapassará os mínimos de 400kw. Mas o trigo regado já paga. E as galinhas e os porcos nos seus complexos industriais (outro lindo tema de debate...). Voltando à vaca fria (as mulheres que me perdoem mas esta frase fica a "matar" aqui). Na incapacidade de utilizar os 75% de funcionários públicos que não fazem nada (este número deve ser maior pois acredito que haja muitos dos 25% que têm mais de 100% de produtividade) para fiscalizar a desonestidade de certos patrões na contratação. Claro que não ajuda o facto de termos um sistema de justiça em cacos. Nenhum patrão será julgado em vida e nenhum trabalhador prejudicado terá tempo de aguardar pela implementação da justiça. Se ganhar antes da idade da reforma já terá sorte. Como caminhamos para uma reforma aos 80 anos talvez haja tempo...

A idade.. levanta outro factor. Foi proibida a discriminação sexual no emprego. E a discriminação etária?
Quantos anúncios de emprego se vêem com a limitação da idade a 35 anos? Em muitos é menos ainda. Reformamo-nos cada vez mais tarde mas não temos emprego até nos reformarmos?

Um país exemplar na condução do emprego é o Canadá. Eles seleccionam a imigração com base em diversos factores. Um deles é a idade. A pontuação máxima é atribuída a quem tiver entre os 21 e 49 anos. Consideram uma pessoa de 49 anos tão válida para trabalhar como um jovem de 21. Devem ser muito estúpidos... pelo menos se considerarmos que os nossos empresários são brilhantes na sua discriminação...

Como combater esta discriminação de uma forma positiva?

Educar os meninos e as meninas. De pequenino é que se torce o pepino.

Legislar no sentido da igualdade coerentemente. Proibindo o preconceito e punindo de forma exemplar. Não forçamdo as quotas. São estúpidas e apenas politicamente correctas. Compreendo a impaciência de certas mulheres em verem os seus direitos reconhecidos. Mas, e falo apenas por mim, não gostaria de ocupar um cargo qualquer apenas porque sou de um certo género ou porque tenho o cabelo e as unhas mais compridos (não vale a pena chamarem-me de redutor - é intencional) ou porque tenho menos rugas que outra pessoa eventualmente mais competente. Por muito que tentasse ser competente ficaria sempre o "desmérito" da selecção. Já sei que neste país de cunhas e aparelhismos partidários ninguém se preocupa com esses sentimentos reles...

Como vejo o futuro? Negro... se esta forma discriminatória de combater a discriminação não mudar.

Mas tenho esperança que consigamos transformar todos os portuguesinhos em portugueses. Antes do Sol implodir... daqui a 4 biliões de anos ou coisa parecida. Quando celebrarmos o quadra..........ésimo centenário da República Portuguesa! (Deixo este debate para os republicanos e monarcas)


E que os jogos se iniciem! - diría o Nero.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

A crise...

Estava a ouvir um daqueles foruns da TV sobre o orçamento que ainda não foi apresentado.

A pergunta era:

Que expectativas tem?

Para já, e no seguimento de opiniões que já aqui expus, os média trabalham, em geral, muito mal. Ou muito bem se se apoiar uma teoria da conspiração (não é assim tão pouco provável!) e estão a adormecer o povozinho.

Como é que se pode falar sobre algo que não se conhece? Nesse aspecto também critico os líderes da oposição e respectivo lastro, que já disseram que se vão abster.

Mas o que importa salientar, é que TODOS!  (excepto os atrasados mentais que povoam esta bela terra entre a fronteira espanhola e o oceano Atlântico, comumente apelidados de E.T.'s) sabem que vivemos em crise desde os anos 70.

Todos os grandes momentos de crescimento macro-económicos passaram-nos ao lado. Nem o crescimento durante os 10 anos de Cavaquismo traduzem um verdadeiro crescimento do país. O fartar vilanagem que que foi com os dinheiros europeus até dá dó. Excepto a aqueles que  o meteram ao bolso.

                                           - Desabafo -

Uma pausa aqui para comentar a sindicalista a falar nas notícias. UMA VERGONHA?! Não dar aumentos aos coitadinhos dos funcionários públicos é uma vergonha? Não são os culpados do estado do país?! Não digo que são os únicos. Mas também são! Se acharmos que 25% de produtividade não é ter culpa do estado de coisas, então o que é? Se considerarmos que ganham acima da média, têm mais regalias, pouco fazem e são demais para o que há a fazer, como poderemos levar esta bosta com pernas que se intitula de sindicalista a sério? Vai mazé trabalhar!!!!

                                       - Fim de desabafo -

Tivemos oportunidades excelentes para melhorar este país e o que é que aconteceu? Enriqueceram alguns e o resto está pior. O índice de pobreza não diminuíu desde a dos cravos (aquela que trouxe liberdade para mudarem as moscas!) e até se agravou: que outra maneira de analisar o endividamento público (e privado).

Todos os dias cada português deve mais cerca de € 0,50 (um café, eu sei...) ao exterior. Se fosse para melhorar a nossa vida eu diria que concordo. Mas para os espanhóis virem para a praia da Costa da Caparica? Estou-me a borrifar para os espanhóis (e eles para mim, mas isso não interessa agora...). Que dívida temos nós para com os espanhóis para além de não lhes agradecermos pescarem nas nossas águas e colocarem os seus produtos subsidiados pelo estado espanhol mais baratos no nosso mercado, causando uma concorrência desleal?

Esta insistência do estimado jornalista em perguntar aos tele-espectadores se a culpa do estado das contas públicas é fruto de crise internacional só me provoca dores de estômago. De tanto rir. Já não basta atirar areia para os olhos. São verdadeiros menires que são atirados ao alvo que temos bem no meio da testa... ou então são verdadeiras antas que, do alto dos seus bons ordenados, pura e simplesmente sabem ainda menos do que se passa neste país. Já estou a imaginar, daqui a um milénio ou dois, um Stonehenge ali para os lados de Carnaxide (e 5 de Outubro e Pêro Pinheiro) e uns humanos a falar um português acordado ortograficamente, a tentarem perceber que magia ali se fazia... mal saberão eles que ali se descobriu a crise do país que permitiu ao Socas entrar na história como o melhor PM de sempre com o défice mais baixo de sempre... Que a crise nunca existiu em Portugal desde o 25 de Abril até meados do ano de 2008 provocada pelos Madoff e Lehman Brothers. "Sacanas dos Judeus " - pensarão os nossos descendentes...


E que os jogos se iniciem! - diría o Nero.

sábado, 23 de janeiro de 2010

Como eu defendo que se deve agir!

Não se pode encarar uma mudança radical que provoque um sério progresso do país sem que haja um período, durante o qual, haja vários prejudicados.
Em primeiro lugar, temos uma constituição baseada em conceitos socialistas marxistas. Ele viveu no sec XIX. Estamos no sec. XXI. Durante estes quase 200 anos houve mudanças tremendas no modo como a economia se comporta. Houve muitas teorias desde então, umas boas e outras nem por isso.
Nenhum país pode progredir estando refém de uma ideologia, seja ela qual for. Uma constituição deve reflectir noções básicas de defesa dos direitos das pessoas e de um estado soberano. Não pode proibir a liberdade de um povo, através dos seus políticos ou outros, de praticar mudanças que permitam a adaptação aos novos tempos. Uma constituição demasiado protectora reflecte, como não poderia deixar de o ser, um país estático, acorrentado, sem margem de manobra, por muito grande que seja a vontade de mudar.
Há algumas sectores, que já mencionei anteriormente, que são fundamentais para um progresso menor ou maior de um país.
A Justiça. Sem uma justiça célere, de acesso a todos, não é possível haver desenvolvimento. Não haverá quem queira investir neste país enquanto não se reformar o sector da justiça de alto a baixo. E não se trata de fazer novas leis. Temos leis em ambundância, como tem sido referido por muitos juristas. Algumas más e, pelo que tive oportunidade de ler, custaram ao estado mais de 7,5 mil milhões de euros de prejuízo. E o pior não são estas. Mas a proliferação de leis que obriga um juiz a lidar de maneira diferente com o mesmo processo, uma vez que demoram anos a serem julgados. Os meios de investigação foram declarados pelos especialistas como sendo manifestamente curtos. Uma análise a uma prova pode demorar cerca de 2 anos. E sem esta análise um processo fica pendente. Não é admissível que isto aconteça. Muitas outras medidas são necessárias, mas não há sistema mais opaco em Portugal do que o de justiça.
Outro ponto fundamental para um progresso rápido: uma reforma do código laboral séria. Não a que houve. Que foi uma palhaçada. Defendo um sistema semelhante ao EUA, onde o despedimento de um funcionário é uma coisa simples. Tenho consciência que a mentalidade das pessoas neste portugalzinho precisa de mudar para que isto resulte. Apliquem a medida e, embora levará alguns anos, teremos um sector produtivo que reflectirá verdadeiramente a palavra que o denomina: produtivo. Os empregados perceberão que se não forem mais produtivos serão despedidos. O patrão perceberá que se não pagar mais ao funcionário terá dificuldade em segurar um bom trabalhador. Levaria alguns anos mas seria inevitável. E a tão propalada defesa contra a precariedade por parte dos sectores de esquerda irá por água abaixo. Nenhuma gerência de uma empresa quer trabalhadores nos seus quadros que possa criar problemas no futuro, quando em crise terão que dispensá-los. E, algo que já observei nas empresas por onde já passei, o portuguesinho trabalha mais quando não está nos quadros e encosta-se assim que entra. Isso deixará de acontecer se souber que já poderá ser despedido. E o patrão, como já há muitos, perceberá que se não premiar os sues funcionários não terá um produto concorrencional, pois os seus funcionários serão piores que a respectiva concorrência.
O estado também tem que reformar o seu sector produtivo. Não podemos continuar a sustentar com os nossos impostos cerca de 2 terços da população. Temos cerca de 4 milhões de empregados no sector privado (não tenho certeza do número mas não estará muito longe da realidade) que trabalham para sustentar cerca de 700 mil funcionários públicos, 2 milhões de reformados e pensionistas (cuja tendência é aumentar) e outros tantos subsídio dependentes. A função pública têm um índice de produtividade da ordem dos 25% segundo as últimas estatísticas. Isto quer dizer que se reduzíssemos em 3/4 a função pública, teríamos uma produção igual. Em outras palavras: pagamos para cerca de meio milhão de pessoas não fazerem nada. E pagamos ordenados acima da média do sector privado que são quem os sustenta. Claro que esta analogia aritmética não se pode transportar para a realidade mas define onde está um dos grandes problemas da nossa economia. É necessário despedir as pessoas que estão a mais, reestructurando o sector público. Serão um ónus terrível para a segurança social nos primeiros anos e uma mancha negra nos números do desemprego, mas é inevitável. Não podemos esperar que todos os que estão a mais se reformem. Não temos tempo. Não defendo que sejam todos despedidos de uma vez só. Têm de ser todos devidamente formados, os que ficam e os que saiem, aumentado as suas capacidades produtivas. Ao se mudar a constituição, que irá permitir o despedimento no sector público, os que ficarem perceberão que se não forem sérios perderão o seu posto de trabalho. E a produtividade irá aumentar para valores muito mais aceitáveis.
Mas não considero que a função pública é a culpada isolada do estado do país.
Temos a corrupção. Que uma justiça reformada de uma forma séria será capaz de combater.
Temos o desperdício de dinheiros gastos em obras públicas que não trazem ganhos para o país quando as verdadeiramente necessárias são deixadas no papel. Porque se paga para fazer os estudos e projectos. E como não há dinheiro para as executar, quando há e se avança, passados alguns anos, ou fazem-se novos estudos/projectos ou aplicam-se os já fora de prazo que provocam as célebres derrapagens. Não é só a corrupção. É a incompetência que também ajuda nestas.
Temos uma burocracia interminável. Na tentativa de protecção à corrupção, o estado cria burocracia que a aumenta, sem contar, obviamente, com a demora que isto provoca num sector privado. E tempo é dinheiro.
Não há regulação séria dos diferentes setores de actividade.
Não se pode admitir que aumentem o custo da electricidade para a EDP fazer investimentos astronómicos nos EUA e Brasil e outros países, quando o retorno não é para nosso benefício.  Durante esta crise, houve os maiores resultados líquidos de sempre de algumas empresas públicas. É simplesmente inaceitável.
Não se pode admitir que se pague uma televisão/rádio pública que esteja em concorrência directa com as estações privadas. Se se quer um serviço público, com programs didácticos e culturais de qualidade, não se pode admitir telenovelas brasileiras e venezuelanas nessa estação. Nem concursos de gosto duvidável. Deixe-se para as estações privadas.
Não se pode admitir que uma ANA aeroportos seja 100% titular duma empresa de serviços aeroportuários, que faz concorrência desleal com a única outra empresa que é permitida nesse espaço, nomeadamente a antiga TAP, provocando prejuízos de milhões de euros. No caso da Portway, os prejuízos são (en)cobertos pela ANA. No caso da Groundforce/TAP, são prejuízo. Ninguém ganha aqui. Só os administradores que, por qualquer razão, não deixam de receber os seus prémios.
Existem muitas outras situações semelhantes neste rectangulozinho à beirazinha mar plantadozinho.
Nem vou mencionar a educação que, apesar de ser um dos principais problemas, levará muitos anos a mostrar resultados. Não se pode adiar a reforma necessária. Mas também não vai resolver o desenvolvimento absolutamente necessário a este país nos próximos anos. Mas quanto mais adiarmos essa reforma mais tarde seremos um país que poderá lutar por um lugar ao sol com os países mais avançados e alguns em vias de desenvolvimento.
Muito mais poderia ser dito, mas façam-se estas pelo menos. Haja coragem. Não são populares. Mas acredito plenamente que se alguém fizesse um program de governo para os próximos anos, explicando ao país quais seriam as condições para todos ao fim desse tempo, haveria disposição para os sacrifícios necessários.

Haja coragem!



E que os jogos se iniciem! - diría o Nero.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Jornalismo à portuguesinho!

Acabou a entrevista a Pedro Passos Coelho. Estava muito curioso para saber quais as soluções que ele tem em mente para mudar o rumo do país. Continuo muito curioso. Nada! Zero! Não foi feita uma única pergunta sobre os projectos que ele tem para o país. Nem umazinha...

Com todos os tropeções nos erres da muitíssima conceituada Judite de Sousa, as perguntas foram todas à volta do PSD e das suas tricas. TODAS!

É assim o jornalismo que temos. Tudo o que interessa a estes miseráveis seres humanos é a faca na liga.

Porquê?

Não posso aceitar que as pessoas sejam assim tão mesquinhas. Pelo menos as colocadas em lugares de destaque. Como a jornalistazeca que acabei de ver em "acção".
Será que ela não tem a mínima curiosidade em saber o que um potencial futuro PM de Portugal quer fazer para mudar o país? As contas pelo menos, que a mentalidade levará algumas dezenas de anos. Se não for séculos... Eu sei que ela não padece dos mesmos problemas que o comum dos mortais. Mas como jornalista deveria ser uma defensora da verdade e do interesse público.

Porquê??

Será que ela sofre de um atraso mental não observável fisicamente, que a inibe de pensar nas razões pelas quais ela tem um emprego onde ganha mais que o PR (muito mais),  pago pelos contribuintes directa e indirectamente (publicidade -> produtos  e serviços -> Tuga Comprador)?

Será que ela é muito inteligente e consegue compreender aquilo que eu não consigo?

Será que ela é tão boa naquilo que faz, que os verdadeiros donos da estação (o estado português) mandatou-a para não levantar a lebre e manter a conversa no supérfulo?

Será que o Seabra (não sei se prefere o PPC ou a MFL) pediu-lhe para tentar com que o PPC fosse visto como pertencendo à troupe dos desestabilizadores da pátria? Razão fulcral na derrota do PSD nas legislativas? Da senhora muito honesta e séria (não há ironia aqui) que só  dispara para os pés?

Eu queguia muito sabeg. O que o PPC tem paga nos ofegueceg. Não o que a lambisgóia de cabelo pintado queguia.

Mas que porra! Ou melhor. Mas que pogga!!!



E que os jogos se iniciem! - diría o Nero.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Média & Catástrofes

Nesta hora de pesar e luto pelos haitianos, decidi ser polémico.


Não vejo as notícias sobre o sismo. Não quero saber quantos morreram, nem quantos estão sem comida e muito menos quem ajudou.


Vi algumas notícias do dia em que aconteceu. Bastou-me. E ainda não havia muitas imagens. O que eu agradeço.


Agradeço porque não sou mórbido. Agradeço porque tenho mais com que preocupar-me. Sou solidário em espírito mas não na forma. Não converso sobre isso e quando leio no café desligo-me das massas de informação em forma de conversa regurgitada pela maioria das pessoas que rodeiam-me.


Este sentimento inóquo, que faz-me lembrar as carpideiras, é intolerável para mim.


Encontro algumas respostas para esta situação abominável de desprezo pela vida humana. Porque é de desprezo que se trata e não de um sentimento nobre. Este uso pelos media do sentimento de dó é rasca. Este proliferar de conversas sobre quantos morreram é tão absurdo quanto ridículo.


Eu não choro quando alguém que eu não conheço morre. Não me diz nada. Deixo as penas para as galinhas que também não sentem a morte de 1 a 500000000000000000000000 mortos (ainda não sei em que estação acreditar). Pena que os responsáveis pela divulgação destes números tenham chumbado a matemática. Vou mais longe e digo às pessoas que me falam sobre o tema que foi Deus na tentaiva de equilibrar a Natureza. Também não me importo com o que ficam a pensar de mim. Se eu lhes dissesse o que penso da maioria deles...


E quem é que agradece a Deus por estas catástrofes? Que vil pecador em pensamento? Quem tem algo a ganhar com isso.


A inexperiente repórter que vai de "viajem" para o Haití. A estação que a mandou que vai mostrar as imagens sem ter que as comprar à concorrência. A estação que comprou à concorrência para ver se consegue um melhor share de audiências (a palavra share é bem empregue aqui!). As empresas de publicidade e suas clientes que têm nestas alturas catastróficas uma possibilidade maior de venderem os seus serviços e produtos.. Os políticos que aproveitam estas "desgraças" para falarem ao seu povo: "Vejam como nós somos bons e até ajudamos aqueles que deixamos morrer de fome hà décadas!". "Pena que não tenham morrido mais...", pensarão alguns desses políticos quando olham para os seus orçamentos. Mas depois encolhem os ombros: "O dinheiro nem é meu! Que se lixe!"


E enquanto a maioria vive embasbacada diante do ecrã, os controladores da mente humana esfregam as mãos. Quanto mais toxinas acumularem nas mentes do rebanho menos ovelhas ronhosas haverá. Menos luta.


Menos capacidade para lutarem. Contra um sistema liderado por pessoas na sua maioria sem escrúpulos. Que pisam diariamente os direitos daqueles que os alimentam e ainda se riem da pobre letargia do seu rebanho.


Vis pecadores. Só tenho pena de não acreditar no Inferno...


E que os jogos se iniciem! - diría o Nero.

domingo, 17 de janeiro de 2010

Teoria - Parte II

Um retrato da espécie humana.


O solo está duro. Existe um homem forte que cava. Consegue plantar. Consegue sobreviver, colhendo o fruto da sua força e inegável vontade de sobreviver.


O solo está duro. Existe um homem fraco que tenta cavar. Encosta-se, suando. Descansando e olhando para o fruto do seu esforço. Nada. Olha para o lado. Está o homem forte encostado e suando. Olha para aquela paisagem verdejante que jamais irá alcançar. Olha à sua volta e vê mais dez iguais a si. Suando e esqueléticos. Estômagos inchados da falta de alimento. Dirige-se a esses dez. Convence-os, no meio da covardia individual, a juntarem-se à coragem social. Rodeiam o mais forte e obrigam-no a trabalhar. Este cava o chão de todos. O primeiro mais fraco reclama o prémio de 20 por cento da colheita de todos. Foi ele que teve a ideia! A fraqueza e covardia individual dos outros não permite-lhes negar. Esquecem-se que são 10 contra 1. São fracos. E assim os fracos governam. Sobre os fortes e os outros fracos.


Um retrato...


Como ser individual. Destruir o próximo garantido assim a sua sobrevivência no mundo hostil que o mata sozinho. Junta-se a outros para combater o mais forte para depois ser destruído por um mais fraco. Composto por um todo mais forte com mais fracos. E todos os mais fracos se juntam na destruição da sobrevivência de uma espécie forte. Tornando a espécie fraca na defesa dos direitos dos fracos perante os fortes. E os mais fracos dos fracos juntam-se na pisadela cósmica dos restantes que já são demasiado fracos para se defenderem. E assim se atinge a hegemonia dos mais fracos. Os mais espertos dos mais fracos que conseguiram a eleminação dos mais fortes para poderem subjugar os restantes mais fracos. Na sua busca pela sobrevivência tornam-se os mais fortes dos fracos. Na matança colectiva de uma sobrevivência forte.


O forte não responde. Não necessita. Já é forte e nada teme. Mas é subjugado pelo mais fraco. Pelo número dos mais fracos que se juntam para sobreviver. Até à morte do mais forte. Até à morte da espécie.


Ninguém sobreviverá neste mundo fraco. Nem o fraco que matou o forte. Ninguém o protegerá. Não saberá. Era o forte que o alimentava. Com os restos que não precisava. Dignos de um mais fraco. Nem os restos sobram. A espécie outrora forte e presentemente fraca morre porque o mais forte não lutou. Não precisava. O mais fraco não era ameaça à sua sobrevivência. Adormeceu e não acordou.


O último suspiro do fraco dá-se ao sabor de um vento que traz-lhe, sussurrando ao ouvido, a memória dos restos do mais forte. Esboça um esgar de ódio auto-mutilante.


Mais valia ter morrido do que ter matado a espécie humana!


E que os jogos se iniciem! - diría o Nero.

Teoria - Parte I

Crente ou descrente?
Ingénuo ou esperto?
Desesperado ou esperançoso?

Condições humanas que explicam a existência de um deus.

Existe energia. Energia inexplicável. Dizem que não se gasta. Apenas se transforma.

E se a alma humana não for mais do que energia?

O espírito.

Energia!

Não existe morte. Existe uma transição de energia.

E se se quer explicar o transcendente?

Uma junção de partes de um todo ou de todos numa parte. Se houver uma ligação de alguém que morre com todos os que já viveram, haverá uma infinidade de almas cujas energias se juntam numa única alma supra consciente. Uma consciência indidual numa consciência de todos. Todos existem num só. Mas não existem individualmente porque a supra consciência é absoluta. Mas existe a individualidade que constrói o todo. A defesa do todo suplanta a individualidade e a sua tentativa destruidora do todo em relação à sobrevivência da individualidade. Protege-se. Tem o poder do resto da energia contra o indivíduo. Mas não é nada sem o indivíduo. E a energia individual não atinge o todo se não se juntar, perdendo a sua individualidade que procurava o todo.

Co-existência de um todo.

Não co-existe uma vez que é um todo individual. Logo, co-existe fruto da necessidade de sobrevivência de um indivíduo. Total. Energia única divisível em ínfimas partes. Indivisível no seu todo divisível, composto por todas as almas e espíritos energéticos humanos.

A enrgia não é boa. Não é má. Apenas é.
Não tem conceitos morais.
Não decide que energia se junta. Toda se junta. Toda a energia faz parte da supra energia.
Poder absoluto na destruição de uma energia individual que faz parte dela. Que é indestrutível fruto da sobrevivência infinita provocada pela individualidade de cada ser energético inexistente. Inexistente como indivíduo no todo. Mas que defende e transmite o estado máximo da existência.

A Sobrevivência. Subvivida individualmente pelo individuo inexistente que faz parte de um todo indivisível. Indestrutível. Sobrevivência levada ao extremo.

Simplesmente é.


E que os jogos se iniciem! - diría o Nero.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Manuel Alegre

É Triste.

Ora vejamos o que diz:

"Estes são os sinais de uma crise que atravessa o mundo e que, tal como tem sido dito, não é mais uma crise cíclica, é uma crise estrutural, uma crise que exige uma mudança profunda e de que só se sai com outro paradigma, outro projecto, outro modelo de desenvolvimento. Mais de que uma visão contabilística e tecnocrática, é preciso uma visão política, com abertura de espírito, inovação e criatividade. Mudar a economia, mudar o sentido da política, mudar a vida. Capacidade de invenção, poder de inspiração."

Que modelo? O socialista? Que esbanja os recursos públicos naqueles que não querem trabalhar? Naqueles que são vigaristas? Naqueles que querem um empregozinho pago pelo resto dos contribuintes? Que querem uma casa mas depois não pagam a renda simbólica e ainda reclamam que os elevadores estão sempre estragados?
A mudança profunda necessária é de mentalidade. De civismo. De educação. De abnegação e sacrifício em nome de um futuro mais próspero. E não é só dos políticuzinhos que temos. É da populaçãozinha também!

É muito Triste:

"Como republicano, quero uma República moderna, escola pública, serviço nacional de saúde, protecção social, direitos políticos individuais articulados com os direitos sociais, culturais e ambientais."

O que é uma república moderna? E diga-se a quem transcreveu o discurso para o site do Triste que não faz sentido escrever república com maiúscula... Será uma república com computadores da NASA? Será uma república com um presidente que não seja de enfeitar? Com poderes de governação? Com a dispensa de um PM?
É impressão minha ou já temos escola pública, serviço nacional de saúde e protecção social? Podem ser uma merda... Mas já temos... Quem é que ele está a tentar enganar? Deve ser os portuguesinhos mais imbecis porque o resto até sabe que existem...
E que idiotice é esta de direitos políticos individuais articulados com os direitos sociais?  Quer mais referendos? Quer mais casamentos? Menos assinaturas para se candidatarem a PM? Ou a Presidente?
Articulados? Devo ser muito estúpido mas não atinjo o significado. Acho que se alguém perguntar-lhe receberá uma resposta ainda mais complicada e com menos significado ainda...

É Tristérrimo

"Mas Portugal existe, porque houve sempre, desde o princípio e através dos séculos, um povo que acreditou que Portugal vale a pena. Um povo e dirigentes que acreditaram e agiram. E é disso que hoje precisamos. Acreditar e agir. Não sucumbir à tendência para o queixume, para a lamechice, para o fatalismo."


O povo acreditou? Mas que palhaçada é esta? Mas que livros de história de Portugal é que ele lê? Portugal em Verso? A História de um Romântico? Ou terá sido a História de um Imbecil? Mas desde quando é que o povo português se insurgiu contra os malefícios de que era alvo? Se nem o 25 de Abril foi uma revolta do povo!?
E retrata o povozinho portuguesinho na última frase. Eu retiraria apenas a palavra tendência. São queixosos, lamechas e fatalistas. E acrescentaria egoístas. E invejosos. E mal educados. E vigaristas. E oportunistas. E...

A única parte do discurso com que concordo são as últimas duas frases. Nesse aspecto também sou um romântico! Só espero que se atinja esses objectivos antes da implosão do sol!

Vai p'ra casa ò Manel!!! Deixa-nos continuar na merda. Ao menos já sabemos com o que contamos!
E que os jogos se iniciem! - diría o Nero.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

(In)Justiça

Que não existe uma justiça célere, eficaz e de fácil acesso a todos, todos sabemos.
O porquê é que ninguém diz.
É porque o legislador é incompetente? Talvez.
Será dos Juízes? Talvez.
Será dos advogados? Talvez.
Será da falta de recursos? Talvez.
Será da falta de instalações em condições? Talvez.
Será da organização do sector? Talvez.
Quando temos uma Assembleia da República que forma uma unidade de missão com o intuito de rever ou fazer leis e depois de meses de estudo altera a legislação final entregue pela dita... temo que seja por serem muito competentes. Quais os motivos? Interesses pessoais. Como bom portuguesinhos que são, não lhes interessa que funcionem. As razões? HA! HA!
Existem muitos juízes sérios. Mas também existem muitos juízes portuguesinhos. Qual a maioria? Hmmm...
O simples facto de não chegarem a acordo em relação às escutas ao Socretino é demonstrativo da imbecilidade camuflada dos legisladores: quando - contra a decisão unânime da unidade de missão - se coloca três personagens de um povo acima do resto. Leiam o "Triunfo dos Porcos" de George Orwell.
Se os juízes não sabem aplicar uma lei, se a unidade de missão composta por juízes dá uma opinião exactamente contrária à que é posteriormente aplicada, o mínimo que poderiam fazer seria insurgurem-se contra uma lei mal feita. Dois anos depois de ser aprovada pela assembleiazinha da republicazinha das bananonas, alguns vieram dizer que eram contra. Mais valia estarem calados. Eu teria vergonha de dizer que era contra há dois anos, dois anos em que não tinha feito nada para desmascarar esses energumerozorros a quem pagamos sete ordenados mínimos mais as regalias, que devem ser outros tantos. Já estão calados outra vez, de qualquer modo. Continuam portuguesinhos. Têm medo de ser juízes no interior do país. A julgar o Zé da Horta. A condená-lo porque não pagou o PEC. Coitado só teve prejuízo. Portanto, para facilitar a vida ao Zé, vai dentro. Pelo menos fica com as refeições de borla e não paga renda. Simpático. Como não são, querem ficar nos grandes centros. Onde a confusão reina.
Não vale a pena reclamarem da falta de respeito que os portugueses têm por eles e o sistema que representam. Falem. Digam o que está mal antes que cause dano.
Não permitam leis ilegais. Contra as pessoas. Tramem o portuguezinho mas não o Português. Ele não merece!
Exijam pessoal qualificado, competente e sério. Exijam condições para executarem o seu trabalho.
Quando, e só quando, tiverem condições para o executar, poderão exigir melhores salários e condições. É irónico que a única coisa que se sabe que reclamam é sobre o fim das férias judiciais. Mesmo que tenham razão. Se tivessem a reclamar da lei que protege essas três divindades acima do povo, talvez tivessem o respeito e a força de um povo que lhes permitisse combater as idiotices brilhantes de um cretino metido a ministro da justiça. E as genialidades fabulosamente estúpidas de um primeirozinho ministrozinho armado a engenhocas, com um curso "aparentmente comprado".
Um potencial pedódilo à solta? Já ultrapassou os ANOS permitidos de prisão preventiva? Criminosos!
Por prenderem um inocente por tanto tempo e por permitirem que um criminoso ande em liberdade enquanto espera que o julgamento termine.

Insurjam-se!!!

E que os jogos se iniciem! - diria o Nero

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Direitos & Deveres

Há coisas na vida que custam muito!
Uma dessas é o atestado de menoridade constantemente passado. Do governo aos sindicatos e dos sindicatos ao governo. Dessas instituições às pessoas.
Discute-se neste momento os aumentos dos funcionários públicos.
Apetece-me neste momento atirar de volta o atestado de menoridade.
Apetece-me, no fundo, é mudar de país.
Ou que o país se mude e leve os seus habitantes...
Se por um lado temos os ordenados mais baixos da UE, também é verdade que temos dos mais baixos índices de produtividade.
Durante anos, os funcionários públicos tiveram os maiores aumentos de ordenados e regalias do país. É facto que a média dos ordenados é acima do sector privado. Não têm que se preocupar em serem despedidos. Nem têm que se preocupar se executam bem o seu papel. Não são obrigados a serem bons no que são supostos fazer. Talvez por isso, venham Bettencourt Picanços & Lda. reclamar para a opinião pública os seus direitos.
E os deveres, meus senhores?????
Se o índice de produtividade fosse igual à média europeia, não precisaríamos de 20 ou 30 por cento dos funcionários. Mesmo tomando em consideração que se deixe de mandar fazer fora o que deve ser feito pelo estado.
É justo pedir aumento dos ordenados. Até são justos aumentos de 15%, 20% ou mais.
Mas..
Em primeiro lugar despeçam-se todos os que estão a mais. Acabem-se as avenças. Paguem-se os ordenados para as funções a executar e não para os quadros técnicos executarem funções de administrativo, os administrativos executarem as funções de auxiliar, etc..
Formem-se os funcionários para executar o trabalho exemplarmente e não com as "Novas Oportunidades", aumentando assim a sua produtividade. Não se permita mais do que uma pausa de 10 minutos de manhã e outra à tarde para o café e o cigarro. Obrigue-se a picar o ponto 10 a 15 minutos antes do horário para começar a executá-lo no horário estipulado Obrigue-se a trabalhar até ao fim do horário estipulado. Façam uma avaliação séria ao desempenho das chefias. Dêem meios tecnológicos para executarem as suas funções de modo rápido e eficiente. Avalie-se o desempenho de uma forma séria. Acabe-se de vez com a progressão na carreira: trabalho igual significa ordenado igual. Se alguém não desempenha as funções para as quais foi contratado, deve ser despedido. É assim no mundo real. Tempo de casa não significa maior produtividade. Paguem-se bónus de acordo com o índice de produtividade.
Acabei de resolver parte do défice das contas públicas. Agora só faltam empresários, trabalhadores e políticos sérios, honestos e competentes! E corajosos!!!

E que os jogos se iniciem! - diria o Nero.