Luz ao fundo do túnel!

domingo, 31 de janeiro de 2010

Igualdade & Paridade

Nunca pretendi ser politicamente correcto.

Pretendo ser controverso. Não pela pretensão em si mas pela provocação do pensamento. Um bem que escasseia. Não porque não haja muitas pessoas com esse dom. Mas porque há poucas a utilizarem-no. É como se trabalhássemos uma vida inteira para obter algo e depois de o termos, ganha pó...

Assim defino a "evolução" da nossa sociedade. O pensamento social e politicamente correcto sobrepõe a realidade.

Somos todos iguais. Mentira! Somos todos diferentes. Cada um tem os seus desejos e quereres.

Se fizermos a comparação entre homens e mulheres as diferenças sobressaem. E não falo do aspecto físico e orgãos sexuais. Falo do comportamento. Todo o complexo corpo humano com as suas diferenças de produção hormonal até ao cérebro que funciona de forma diferente. Está estudado. Demonstrado. Haverá muito por descobrir ainda, mas o que se sabe já chega para a minha opinião.

As mulhere que me perdoem mas acho que lutam por uma igualdade estúpida. Não porque não tem os mesmos direitos a serem reconhecidas nas suas competências. Simplesmente não são iguais.

A brilhante fórmula que se encontrou para "tornar tudo igual" é a paridade. Nos lugares de chefia, de decisão. No parlamento. Na idiotice.

Qualquer dia teremos dois presidentes e dois primeiro ministros. Um de cada sexo. Depois multiplicaremos isso por todas as raças. Já agora colocaremos um casal de cada espécie animal (excepto moscas que já há demais). Depois colocaremos as árvores e plantas. Os calhaus não são precisos pois já fazem companhia às moscas.

A minha ironia pretende apenas demonstrar a estupidez deste "avanço civilizacional".

Nunca ninguém me viu escolher ninguém para qualquer função baseado no físico. Sempre tentei escolher com base na competência individual. Poderia ter preterido mulheres pelas razões do costume. Gravidez, apoio à família, etc.. Mas não o fiz. Nunca fui prejudicado. Só por algumas más escolhas (de personalidade e mentalidade).

Quando se tenta impor uma quota à força provocamos um desiquilíbrio. De competência. As escolhas deveriam ser cegas no que toca ao género. Não são. Existe uma mentalidade retrógada neste país. Combata-se a mentalidade idiota. Não adianta forçá-la. Não se educa batendo até à morte.

Isto leva-nos à forma como se combatem os abusos. Ineficientemente. É mais fácil legislar para obrigar-nos a seleccionar a mediocridade em favor de uma igualdade. Mas não muda o essencial. Faz-me lembrar a taxa mais estúpida que foi criada neste país (talvez não seja a mais estúpida mas é quanto baste) - a taxa de audiovisuais. É completamente cega. Quem se limitar a ouvir rádio e ver TV não paga a taxa. O consumo não ultrapassará os mínimos de 400kw. Mas o trigo regado já paga. E as galinhas e os porcos nos seus complexos industriais (outro lindo tema de debate...). Voltando à vaca fria (as mulheres que me perdoem mas esta frase fica a "matar" aqui). Na incapacidade de utilizar os 75% de funcionários públicos que não fazem nada (este número deve ser maior pois acredito que haja muitos dos 25% que têm mais de 100% de produtividade) para fiscalizar a desonestidade de certos patrões na contratação. Claro que não ajuda o facto de termos um sistema de justiça em cacos. Nenhum patrão será julgado em vida e nenhum trabalhador prejudicado terá tempo de aguardar pela implementação da justiça. Se ganhar antes da idade da reforma já terá sorte. Como caminhamos para uma reforma aos 80 anos talvez haja tempo...

A idade.. levanta outro factor. Foi proibida a discriminação sexual no emprego. E a discriminação etária?
Quantos anúncios de emprego se vêem com a limitação da idade a 35 anos? Em muitos é menos ainda. Reformamo-nos cada vez mais tarde mas não temos emprego até nos reformarmos?

Um país exemplar na condução do emprego é o Canadá. Eles seleccionam a imigração com base em diversos factores. Um deles é a idade. A pontuação máxima é atribuída a quem tiver entre os 21 e 49 anos. Consideram uma pessoa de 49 anos tão válida para trabalhar como um jovem de 21. Devem ser muito estúpidos... pelo menos se considerarmos que os nossos empresários são brilhantes na sua discriminação...

Como combater esta discriminação de uma forma positiva?

Educar os meninos e as meninas. De pequenino é que se torce o pepino.

Legislar no sentido da igualdade coerentemente. Proibindo o preconceito e punindo de forma exemplar. Não forçamdo as quotas. São estúpidas e apenas politicamente correctas. Compreendo a impaciência de certas mulheres em verem os seus direitos reconhecidos. Mas, e falo apenas por mim, não gostaria de ocupar um cargo qualquer apenas porque sou de um certo género ou porque tenho o cabelo e as unhas mais compridos (não vale a pena chamarem-me de redutor - é intencional) ou porque tenho menos rugas que outra pessoa eventualmente mais competente. Por muito que tentasse ser competente ficaria sempre o "desmérito" da selecção. Já sei que neste país de cunhas e aparelhismos partidários ninguém se preocupa com esses sentimentos reles...

Como vejo o futuro? Negro... se esta forma discriminatória de combater a discriminação não mudar.

Mas tenho esperança que consigamos transformar todos os portuguesinhos em portugueses. Antes do Sol implodir... daqui a 4 biliões de anos ou coisa parecida. Quando celebrarmos o quadra..........ésimo centenário da República Portuguesa! (Deixo este debate para os republicanos e monarcas)


E que os jogos se iniciem! - diría o Nero.

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