Luz ao fundo do túnel!

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Sentimentos

Quando vejo algumas séries na TV, sou constantemente inundado com um sentimento de incredulidade.
Continuo a acreditar que o objectivo principal do ser humano, individualmente, é ser feliz.
Como uma grande parte do sentimento de felicidade passa, sem dúvida, por relacionamentos amorosos, é natural considerar que uma boa parte da população atingirá certos pontos da vida onde a infelicidade irá imperar quando o seu amor não for correspondido.
É neste momento de infelicidade aparente, que muitas decisões idiotas são tomadas. Matar o concorrente é uma delas.
Num aparte, porventura significativo, é uma questão que tenho colocado a muitas pessoas conhecidas. Se fossem traídos, prefiririam ser por alguém que fosse do mesmo sexo do nosso ente amado, ou por alguém de outro sexo? Eu costumo ouvir a resposta, frequentemente, que seria por alguém do sexo oposto. Ou seja. Do mesmo que nós. Concorrência directa versus indirecta. Eu sempre achei que se a pessoa com quem eu estou decidisse mandar-me às malvas para ficar com uma pessoa do mesmo sexo dela, eu iria sentir-me aliviado. Aliviado porque sentiria que o "defeito" não estava em mim mas sim na pessoa de quem eu gosto. Isto é. A pessoa é homossexual e eu não sou a solução para ela.
O significado deste aparte, porventura pouco aparente, é que nós tomamos atitudes com base numa questão puramente egoísta. A embrulhada desembrulha-se quando pensarmos que nós não temos nada a ver com a escolha da outra pessoa. A escolha é, sem dúvida, dela. De quem ela quer.
Se nós não pudermos escolher com quem queremos estar, poderemos ser felizes? Claro que não. Mas a questão fundamental passa por nós só termos metade da escolha. Ela tem de ser recíproca. Logo, mesmo que tenha havido reciprocidade durante algum tempo, não há obrigatoriedade de ela permanecer.
Tudo isto para me levar ao que realmente queria observar neste post.
A sociedade não tem nada que se intrometer no relacionamento que temos com outros. Se nos apetecer não ter nenhuma ou não constituir família, a sociedade não tem nada a ver com isso. Se nos apetecer ter uma diferente todos os dias, ninguém tem nada com isso. Se nos apetecer ter várias ao mesmo tempo, ninguém tem nada a ver também. A não ser as pessoas envolvidas, é claro.
Se eu decidir que outra pessoa poderá dar-me mais felicidade do que a pessoa com quem eu estou no momento, estarei a ser egoísta? Claro que não. Porque a relação actual irá trazer apenas infelicidade aos dois se eu a prosseguir. E será justo e honesto que eu seja sincero para com a pessoa cujo relacionamento eu desejo terminar.
A pessoa com quem eu estou, não tem de detestar a pessoa com quem eu vou ficar. Porque a decisão é minha e não da pessoa com quem eu irei estar. Ela não irá destruir nenhum lar. Quanto muito seria eu, embora também não o considero como tal. A felicidade é uma sentimento justo e objectivamente aquele que interessa. E se duas pessoas poderão estar felizes, não será melhor do que três pessoas infelizes? Simples matemática...

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