Luz ao fundo do túnel!

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Filet mignon a raspas de bacalhau

O que são as agências de rating e para que as queremos?
São um grupo de empresas PRIVADAS. Não me interessa desenvolver este conceito pois o facto de serem privadas implica interesses próprios, logo, imperfeitas para avaliar algo que logo à partida é negativo: especulação financeira. Tratar dinheiro como um produto é algo profundamente negativo. O dinheiro deveria ser utilizado como meio de compra e venda e não como algo a ser comprado e vendido.
Para que as queremos? Para podermos especular. Logo, não as queremos. Dizem que não temos remédio. Eu digo que temos. Alguns defendem que regulemos o mercado. Claro que regular o mercado precisa de independência, coisa que é impossível face à natureza da sociedade a ser regulada. Ciclo vicioso? Claro. Como toda esta sociedade alicerçada neste sistema monetário. Como sair dela? Mudamos o paradigma socio-económico. Destruímos e voltamos a reconstruir. Utopia? Nem por isso. Está ao nosso alcance. Só é preciso compreendermos o conceito de governo.

O que são os governos e para que os queremos?
Os governos são grupos de pessoas que utilizam os dinheiros públicos com um objectivo. Esse objectivo devería ser o interesse público. Mas não é. A realidade demonstra que não.
Vejamos. Temos uma economia baseada em dívida. Não há países que não tenham deficit. Acumulam dívida. Disfarçam-na com a inflação e o crescimento da economia. Se o deficit for baixo ficamos contentes. Somos uns idiotas. Será possível não compreender que este conceito está errado à partida? Se eu fico a dever todos os anos, mesmo que pouco, acumulo dívida. Se, na minha casa, eu acumular dívida, por mais que eu aumente os meus rendimentos eu nunca conseguirei pagar. E quanto mais eu acumular a dívida mais difícil fica pagá-la, mesmo que eu comece a ter superavit.

E o que acontece quando a dívida for de tal modo elevada que eu não consigo que alguém me empreste mais? Tenho duas hipóteses. Ou borrifo-me para quem devo e continuo a minha vida ou peço mais e sujeito-me a taxas proibitivas.
Como andámos a comer nos melhores restaurantes com o dinheiro dos outros, esquecemos de produzir o nosso jantar, chegando ao cúmulo de já nem saber como cozinhar. O que nos faz olhar para umas raspas de bacalhau com a língua pendurada no canto da boca...
Foi isso que nos aconteceu: passámos de filet mignon a raspas de bacalhau!

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