Luz ao fundo do túnel!

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Aquilo que realmente é importante! - Capítulo 2

Uma das coisas que tenho observado ao longo da minha vida é que a maioria das pessoas tem medo. Esta emoção pode ser positiva quando nos deparamos perante um abismo e evitamos dar o tombo. Mas o problema começa quando começamos a ver o abismo em tudo o que nos rodeia.

Temos medo do que possam pensar de nós. Então não dizemos aquilo que verdadeiramente pensamos. Não conseguiremos progredir socialmente se formos totalmente honestos. Se discordarmos de alguém somos "idiotas". Receamos ser catalogados. Por outros que também têm medo de ser catalogados. Já fiz o exercício de perguntar a várias pessoas se acreditavam em Deus. A maioria dos "crentes" respondeu-me que eram Católicos. Mas eram "não-praticantes". Isto revela um receio. O de ser considerado um "mau" Católico por não se ir à igreja. A maioria dos Católicos "não-praticantes" não faz a mínima ideia do que dizem. Se eu afirmo que acredito em algo mas não o pratico serei ou muito preguiçoso ou na realidade não sou nada do que afirmo ser. Se eu disser que sou um profissional "não-praticante", isso quer dizer o quê? Provavelmente que estou desempregado... Isto apenas revela o receio de não ser incluído num grupo. É uma pressão social que não integra quem não faz parte de um determinado grupo. Se alguém for Católico e não se desloca à igreja como mandam as regras, tenha a bondade intelectual de "confessar" a verdade e diga simplesmente que é um Católico "que não vai à igreja porque tenho mais que fazer do que ir aturar um padre a falar sobre coisas da vida que não faz a mínima ideia do que está a falar". Como por exemplo - sexo e relações matrimoniais. Eu já tive a oportunidade de ver muitos Católicos "não-praticantes" irem à igreja todos os dias. Iam lá mas eram pessoas mesquinhas e vis que não punham em prática nada dos ensinamentos Católicos. Punham em prática muitos dos ensinamentos dos padres, da maneira que achavam que deviam: olhando para os outros e criticando tudo o que queriam fazer também mas que não faziam por medo de serem socialmente ostracizadas. Por outras pessoas semelhantes. Se estas pessoas fossem todas honestas e dissessem a verdade sobre o que pensam talvez chegassem à conclusão que poderiam ter uma vida mais interessante.

Temos receio de perder a pessoa de quem gostamos. Porquê? Se realmente gostamos da pessoa e o sentimento for recíproco, porque temos nós tanto medo? Porque somos inseguros? Não sou psicólogo mas o padrão é demasiado forte para ser negado. Como evitar ser ciumento? Ser mais auto-confiante. Não tendo a preocupação de fingir e assim buscar reconhecimento que nunca irá durar, pois é baseado numa falsidade. Não ouvindo os que nos rodeiam quando afirmam que estamos errados. Nós sabemos, se fizermos uma verdadeira introspecção, quando o que fazemos está correcto. É algo inato. Não é preciso a sociedade regulamentar a nossa maneira de ser. Há um princípio básico de que todos temos direito à vida e que não deveremos fazer a outro nada que seja prejudicial a este. Tudo o resto deverá ser permitido.

Temos um pavor de perder o emprego e assim não fazermos face às despesas que assumimos. Porque se têm medo de perder tudo o que já se construiu na vida. Porque se receia não poder comprar os novos brinquedos por que tanto se anseia. Temos mais medo do fim do rendimento do que da escravidão que o trabalho implica. A sociedade está de tal modo construída neste conceito de que "quem não trabalha não é produtivo para a sociedade" que o tempo em que se poderia aproveitar melhor para fazer algo deveras útil para nós é passado num modo de stress tão grande que impede esse mesmo gozo. Sobre este tema, mais haverá adiante!

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